sábado, 2 de julho de 2011

Aviação: Ryanair vai fechar base de Reus, Espanha (Via PressTur)



A low cost Ryanair, que segundo a imprensa espanhola recebe anualmente 80 milhões de euros de subvenções para operar de e para Espanha, anunciou que fecha a base de Reus, Tarragona, Espanha, a partir de 30 de Outubro, numa decisão que autoridades regionais espanholas classificaram de “chantagem”.

A low cost diz que a decisão de fechar a base de Reus decorre de “incumprimentos” por parte da Generalitat da Catalunha e das autoridades da província de Tarragona, as quais reagem com a acusação de que é a Ryanair que não cumpre e quer alterar os contratos a meio da vigência.
A imprensa espanhola apresenta o anúncio do encerramento da base de Reus como mais uma ameaça da Ryanair, que, escrevem, aproveita a dependência que pequenos aeroportos têm das suas operações para reivindicar mais apoios.
O jorna “Expansión” escreve hoje que as divergências entre a Ryanair e o governo da Catalunha começaram quando em Fevereiro a low cost anunciou que se não recebesse 11,5 milhões de euros iria reduzir a actividade em Girona, que já foi a sua principal base em Espanha, mas que começou a perder relevância quando a companhia entrou no principal aeroporto da Catalunha, o Barcelona El Pratt.
O jornal escreve que o governo regional até propôs mais vantagens à Ryanair, como terrenos para implantar um hotel, um hangar e uma escola de pilotos, mas, acrescenta, nos últimos dias surgiu a informação de que a low cost reivindica 15 milhões de euros por ano.
“Este é o aeroporto espanhol mais dependente da Ryanair”, escreve o “Expansión”, que indica que 95% dos passageiros em Girona são de voos da low cost.
A tensão entre a Ryanair e a Generalitat aumentou de novo em Março, quando a low cost anunciou a decisão de deixar de operar em Lleida-Alguaire, alegadamente por que queria triplicar o valor das subvenções, para 2,2 milhões de euros.
O jornal escreve que a Generalitat tem recusado ceder às pretensões da Ryanair, mas que agora vê os três aeroportos em causa a perderem passageiros, e aponta ainda os exemplos de Granada, onde a Ryanair fechou a base “para abrir” em Málaga, e Valência, onde se manteve depois de chegar a um acordo com a Turespaña e o governo regional que lhe garante 800 mil euros de apoio à promoção.
O mesmo jornal escreve ainda que “a chantagem” da Ryanair já chegou ao Ministério da Indústria, afirmando que a low cost ameaçou reduzir “de forma generalizada” as rotas que opera em Espanha se não forem retiradas as 65 multas de que é alvo e que totalizam 1,23 milhões de euros.
O jornal revela uma mensagem do CEO da Ryanair, Michael O’Leary, ao ministro Miguel Sebastián, na qual diz que a companhia “não está disposta a malbaratar tempo valioso e recursos a apelar e anular sanções que não deveriam ter sido aplicadas por que a companhia não cometeu qualquer violação”.
A informação da Ryanair sobre o encerramento de Reus diz que a low cost, apesar de fechar a base, inaugurada em 2008, terá voos no Verão de 2012, com aviões de outras bases, e também anuncia poder “reconsiderar” a decisão se tiver “garantias fiáveis” de cumprimento dos compromissos.
A low cost diz lamentar o encerramento da base de Reus e põe o ónus na Generalitat e nas autoridades de Tarragona, a quem acusa de “incumprimentos contratuais ao longo de três anos de colaboração”.
O jornal “El País” escrevia ontem que o presidente da Generalitat, Artur Mas, retorquiu que os problemas surgem quando a Ryanair quer alterar os contratos antes de expirar a sua vigência e um dos seus conselheiros, Lluís Recorder, afiançou que o governo não aceitará a “chantagem permanente” da low cost, acusando-a de ser ela a não cumprir os acordos estabelecidos.
Recorder, acrescenta a notícia, não descartou levar a companhia aérea a tribunal por esses alegados incumprimentos, a acusou-a de “inventar desculpas” por que a sua estratégia é centrar-se em Barcelona El Pratt.

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