domingo, 15 de maio de 2011

Aviação: Prejuízo operacional da easyJet mais que duplica (Via PressTur)



A low cost easyJet, que em Portugal opera nos aeroportos de Lisboa, Faro, Porto e Funchal, teve um agravamento em 114,9% do prejuízo operacional no semestre terminado a 31 de Março, que atribui ao agravamento do custo dos combustíveis e subida das taxas sobre os passageiros.

O balanço publicado hoje, relativos ao primeiro semestre do exercício 2010/2011, iniciado a 1 de Outubro, indica que a low cost teve uma perda antes de impostos de 153 milhões de libras (cerca de 174,3 milhões de euros), mais 93,7% ou mais 74 milhões de libras (cerca de 84,3 milhões de euros) que um ano antes, e os resultados líquidos foram negativos em 114 milhões de libras (cerca de 129,8 milhões de euros), o que representa um agravamento de 93,2% ou 55 milhões de libras.
O EBITDAR (resultados antes de impostos, juros, amortizações, provisões e rendas de leasing), que no primeiro semestre de 2009/2010 foram positivo em 23 milhões de libras, em 2010/2011 foi negativo em 45 milhões.
O agravamento, de acordo com o balanço da low cost, foi provocado pelo aumento do custo dos combustíveis em 43 milhões de libras (quase 50 milhões de euros) e por uma maior taxação dos passageiros, que estima ter provocado uma perda de 21 milhões de libras (cerca de 23,9 milhões de euros).
As contas mostram que, porém, também a rentabilidade da operação baixou, já que a easyJet teve uma quebra da receita total por lugar colocado no mercado, em 2,7% (2,1% a câmbios constantes).
No primeiro semestre 2010/2011 a easyJet facturou em média 45,11 libras (51,38 euros) por lugar, quando há um ano facturara 46,35 libras (52,79 euros), e que a receita unitária (receita por lugar x quilómetro = ASK, unidade de capacidade mais utilizada na aviação) baixou 2,4%, para 4,22 pence.
Desta forma, embora a easyJet tenha transportado mais 11,6% passageiros que há um ano (apesar de o "pico" de tráfego da Páscoa ter sido este ano em Abril, quando em 2010 foi em Março), num total de 23,9 milhões, o aumento da receita ficou em 8,1%, para 1.266 milhões de libras (cerca de 1.332 milhões de euros).
O balanço indica que a easyJet colocou no mercado 28,1 milhões de lugares, mais 11,1% que há um ano e melhorou a percentagem de vendas em 04 pontos, para 85,4%, mas quando se calcula a taxa de ocupação em passageiros quilómetros (RPK) face a lugares x quilómetros (ASK), há um decréscimo, já que o aumento do tráfego foi de 10,4% face a um aumento de capacidade em 10,8%.
Além desta queda da rentabilidade da operação, a easyJet teve ainda um agravamento em 2,2% do custo por lugar colocado no mercado, em 2,2%, embora excluindo os combustíveis tenha conseguido uma redução de 1,2%.
De acordo com o balanço, a easyJet teve uma agravamento do custo total por ASK em 2,5%, embora melhorando 0,9% sem combustíveis, com um agravamento dos custo operacional por ASK em 3,1%, embora melhorando 0,5% quando se exclui o fuel.
De acordo com o balanço, a easyJet despendeu 383 milhões de libras (cerca de 436,26 milhões de euros) em combustíveis, mais 25,6% que há um ano, mas que a low cost não especifica quanto desse agravamento se deve a subida de preço e quando decorre de ter voado mais (+10,5% em número de horas, +19% em número de rotas, para 533, com +9,5% em número de aeroportos, para 127).
Em relação às outras rubricas de custos, o balanço mostra aumentos abaixo do crescimento das receitas, à excepção das tripulações, cujo aumento foi de 17,8%, para 185 milhões de libras, e vendas e marketing, que subiu 14,6%, para 47 milhões de libras.
O aumento das receitas totais em 8,1%, para 1.266 milhões de libras, foi com incrementos de 7,3% nos proveitos de vendas de passagens, para 980 milhões de libras, e 10,9% nas chamadas receitas complementares (taxas sobre serviços e vendas a bordo e no seu website), para 286 milhões de libras.
Apesar dos resultados no primeiro semestre 2010/2011, que a CEO da easyJet, Carolyn McCall, classificou de “duro”, pela “aguda” subida do preço do combustível, “o comportamento cauteloso” dos clientes” e o “impacto adverso dos impostos sobre os passageiros”, a executiva diz que a low cost fez “fortes progressos” e que a operação está “robusta” e companhia “bem posicionada para executar com êxito o seu programa de Verão”.

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